Cruzeiro do Galo

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Este cruzeiro estilisticamente popular e arcaizante esteve colocado numa bouça do lado esquerdo da velha estrada que seguia para o Porto e muito usada pelos peregrinos que rumavam a Compostela. Era fronteiro à forca instalada no Lugar de Areal de Cima no limite sul de Barcelinhos, onde hoje se situa o Loteamento dos Galos. Descreve iconograficamente a sobejamente conhecida lenda oitocentista do senhor do galo, o mais conhecido milagre de S. Tiago, quando a inocência de um alegado criminoso foi provada pelo cantar de um galo assado que o juiz se preparava para comer. Na parte da frente do padrão pode-se observar um homem com uma corda bamba amarrada ao pescoço, amparado pela figura de S. Tiago. Na face oposta, em cima, a lua e o sol, com a figura de Nossa Senhora e S. Bento. O cruzeiro é rematado por uma cruz com Cristo crucificado, tendo na parte da frente um galo e na face oposta um dragão. A sua construção deverá datar de inícios do século XVIII, já que a instalação da forca naquele local ocorreu em 1712, e não do século XIV como indica a legenda em azulejo.

Identificação: Cruzeiro

Localização: Rua Senhora das Dores, Barcelinhos (Original); Museu Arqueológico de Barcelos (Atual)

Coordenadas: 41° 31.116’N 8° 37.330’W (Localização original aproximada); 41° 31.690’N 8° 37.338’W (Atual)

Altitude: 70m (original)

Tipo de Património: Arqueológico

Época / Ano de Construção:  Séc. XVIII

Fundado / Mandado construir por:

Função Original: Culto Religioso

Função Atual: Museológico

Estado de Conservação: Razoável

ID CAPB: Não classificado

Identificação, morada e telefone do proprietário: Câmara Municipal de Barcelos

Imagens: Flickr

Bibliografia: FONSECA, Teotónio da, “O Concelho de Barcelos Aquém e Além Cávado”, 2, Barcelos, 1987, pág. 51; ALMEIDA, Carlos A. Brochado de, MILHAZES, Maria Cláudia, ANTUNES, João M. Viana, “Catálogo do Museu Arqueológico de Barcelos”, Barcelos, 2007, pág. 000-000; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, “Barcelos”, Lisboa, 1990, pág. 96-100; VIEIRA, José Augusto, “O Minho Pittoresco”Lisboa, 1887, pág. 140, 148.

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